A culpa dos teus beijos... Ele rouba a cena.

Eu ainda sinto que a gente não acabou aqui, nas lembranças, nas músicas que eu já pus pra tocar. Em um lugar inesperado, me parece ter resquícios de nós por aí. E na tentativa de ser politicamente correta eu vou lutando contra isso. Busco do que tenho hoje aproveitar as chances da felicidade, mesmo sabendo que boa parte de tudo está contigo – nas tuas mãos mesquinhas e egoístas, tá nesse teu coração orgulhoso e maldoso – que prefere o silêncio gritante do que admitir que existe uma tensão emocional pesada entre nós. E sabe, eu torço tanto pra te encontrar sozinha por aí, porque assim eu evito fazer o que tempo não nos permite, e assim eu vou te evitando e pulando as lacunas vazias de nós, lacunas que as vezes você insiste em preencher, mas já não sou tão cara pau como antes. Mas aí vem uma música ou outra que eu me pego agarrada a ti em pensamentos, e aí o que eu faço? Eu fico aqui tentando juntar os cacos de nós de um modo que isso não nos machuque, eu sei isso é meio que impossível, mas é sobre isso. Eu posso até zerar os fatores que resumem nós, mas então você vem e me dá mais milhões de fatores que me fazem desestruturar todos os planos feitos a punho e cunho. E aqui estou eu de novo, na tentativa estupida de te compreender, de decifrar teus sinais não claros, eu sinto como se fosse migalhas, mesmo que eu já tenho tudo, ainda não te tenho. É um desafio que meu coração não me permite perder, bastava me dizer sobre as coisas bobas que eu faço que também te deixam bobo, era só usar aquelas frases clichês em um contexto romântico e corajoso, mas nem isso. Me encontro te culpando por não existir nós, não por falta de expressões ou sentimentos, vai ver é por falta de querer teu mesmo e eu que não consigo lidar com as rejeições.