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Black Lives Matter ainda existe?

  • Foto do escritor: CADRINE
    CADRINE
  • 8 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Resistencia ou pura aparência da mídia brasileira para gerar engajamento? O movimento que ganhou força em 2020 a fim de representar a luta negra e as indignações desta classe foram de fatos abandonados?



Fonte: Imagem retirada do Pinterest.

Representatividade foi uma das palavras mais citadas em 2020 por conta do movimento denominado "Black Lives Matter", diante de toda a mídia diversos artistas e empresas buscaram demonstrar seu apoio a causa negra, seja em propagandas ou subindo hastags no Twitter.




Um ano após esse fenômeno pode-se constatar o esquecimento de tudo? Pouco temos visto em pauta o importância de representar uma classe social; recentemente um jovem negro foi acusado injustamente de ter furtado uma bicicleta por 2 jovens brancos de uma empresa burguesa. Quando questionado sobre o poder aquisitivo de possuir uma bicicleta igual a de uma branca o jovem foi posto na parede, como se nós negros fossemos andar por aí com uma nota fiscal de qualquer bem que se assemelha a de um branco.


Como se um branco e um preto não pudessem em pleno Século XXI ter o mesmo status de compra, poder ou aquisição monetária, apenas o branco pode, o negro fica com as migalhas, os restinhos não é mesmo?!


Escolhi trazer a releitura do quadro de Monalisa em versão negra porque representatividade não é feita por movimentos midiáticos, é preciso de fato que no dia a dia a comunidade negra seja representada por simbólicos pequenos e grandes, seja de poder ou de arte no cotidiano de todos. É através de pequenas amostragens como na arte acima que nós negros conseguimos nos enxergar em um lugar justo e merecido de representação.


Fonte: Imagem retirada do Google Imagens.

Representar está na prática de ensinar as nossas meninas que as bonecas negras também são bonitas, que seus cabelos também são aceitáveis, não é preciso ter que alisar o cabelo para que seja aceito perante os demais. Representar está em abrir vagas para mulheres negras no poder, nas universidades, na política, nas multinacionais, no ensino básico. É sobre olhar para os lados e reconhecer os nossos semelhantes, em um mundo onde se vê apenas os brancos brilhando nas passarelas da vida é difícil encontrar representatividade.


Camilla de Lucas, a vice-campeã e ex-bbb, relatou em seu perfil profissional a dificuldade que teve no inicio de sua carreira ao tentar se tornar modelo. Apesar do porte de altura satisfatório e um rosto marcante, de beleza extraordinária e postura complacente, a ex-bbb foi rejeitada em algumas propostas de trabalho como modelo pelo simples fato de ser negra retinta.


Diante dos dois exemplos retratados acerca da constante que é o racismo venho ressaltar para que não deixemos vidas negras a mercê de mãos brancas, que lutemos com garra e ponderamento por nossos direitos.


Abraços.



 
 
 

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