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Café a dois

  • Foto do escritor: CADRINE
    CADRINE
  • 21 de jun. de 2019
  • 1 min de leitura

Muitas vezes na vida nos deparamos que a única companhia que cultivamos na modernidade é a nossa.


Grandes jardins, imensos quartos,

Todos os tipos de queijos e não poder degustar,

Algumas escolhas por mais que únicas não são solitárias.

Acordar com a cama vazia,

Percorrer os campos mais bonitos dos jardins suspensos da babilônia sob o caos de ser solitário.

Acordar, tomar café e preencher as tarefas diárias

E por mais que o dia esteja cheio,

Cheio de reuniões, tarefas, trabalhos, afazeres, coisas, designações,

Tão cheio, cheio, cheio de si que aqui não cabe,

E estufou nessas linhas da razão que por mais que os copos estejam cheios

Há um vazio, o vazio de sentar para tomar um café há dois,

Dois que são um, somente um só por si só, uníssono.

Pode-se percorrer os mais lindos caminhos,

Pode-se preencher o dia com mil milhões de coisas

Pode-se enganar aos outros sobre estar sozinho

Mas não pode-se enganar sobre ser solitário

Daqueles que não suporta o peso de ser quem é

Que carrega nas costas o fardo da solidão justificada e pautada no passado

Daqueles que poderia passar a noite em um bar bebendo e não trocar palavras com ninguém

E ainda assim ir embora sem levar ninguém pra casa

Sou eu e somente eu

Inexplicável a solidão atinge em nós pontos inflamados pelo o toque humano

E uma vez que você seja tocado por ela

Saiba que escolher estar sozinho

Nunca será o mesmo de ser sozinho.

 
 
 

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