Cartas escritas de madrugada #4
- CADRINE
- 6 de jul. de 2019
- 1 min de leitura
Perene e estável, sonhei com você, sonhei com o mundo em que você ainda estaria aqui, comigo, conosco, em que as possibilidades do hoje seriam só possibilidades prováveis e distantes de se acontecer. Em um infinito de mundos eu jamais tendenciaria estar no universo próprio que estou, eu sei que de modo algum posso te culpar por não estar aqui, ou porque você não está aqui.
Mas certamente os quatro cantos do mundo sabem o que eu sei, que isso não passaria de um sono, como eu disse, perene e agora instável. Por ser péssima como sempre sou deixei você de lado, de um lado que eu guardo de tal modo, prefiro não mexer, resguardar sobre os monstros de quem sou, sobre quem você verdadeiramente você, e apenas você foi capaz de conhecer.
E ao mesmo tempo sinto essa necessidade louca de me jogar em ti, nas tuas palavras, em tudo aquilo que você fazia, e hoje de um jeito torto e sem noção me busco em ti, nos pequenos e grandes feitos, nas mensagens e aprendizagens. Por hoje eu não queria estar aqui, e sei que se você estivesse aqui eu estaria lá.
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