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Cartas escritas na madrugada #12

  • Foto do escritor: CADRINE
    CADRINE
  • 3 de jan. de 2020
  • 1 min de leitura

Chega ao fim a tríade de cartas dedicadas aos meus conflitos mais obscuros e delicados. Foram muitos aprendizados e amadurecimentos com as próprias palavras.


Nós estamos por um fio, separados por tentativas falhas de sermos melhor. A mercê de uma linha imaginária sobre estar vivo ou não, levados pela correnteza e a incerteza de ter que ser um sobrevivente a todo instante. Alguém deveria ter segurado sua mão e dito o quanto uma linha imaginária seria tudo o que você pode se agarrar para se manter firme, seja quando você se alimentou por um cordão na barriga da sua mãe ou quando quase despencou de tantas dificuldades ao descobrir a vida adulta. E quando você tiver cruzado essas linhas vai se pegar novamente ateado a um fio, ou corda ou linha... é porque precisamos nos apegar a algo, ou alguém, não importa, mais cedo ou mais tarde estaremos ao ponto de se jogar de um precipício, mas confiante de que algo/alguém vai nos puxar com uma corda, caso dê errado. A vida é assim, um momento estamos nela, em outra tudo fica cinza, então nada tem mais sentido. Noites viram dias, dias se arrastam como meses e pedimos que esse ciclo seja quebrado, que alguém puxe a corda que salva todos nós.

 
 
 

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