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DEZ MIL NOITE DE AMORES

  • Foto do escritor: CADRINE
    CADRINE
  • 12 de abr. de 2019
  • 1 min de leitura


A tristeza me acomete

De um eu que não sei quem sou

Capaz de elaborar dores e teses

Do mais sórdido do que é o amor.


Deixei a ilusão para os velhos e tolos

E por mais que eu te desejasse

Fiz-me vencido dos choros e

Daqueles ardores.


Meus olhos acompanhavam os teus

Por onde for, à espreita ali estavam

E todas as vezes pedia ao meu deus

Não me deixes cair no teu canto.


E todas as tuas curvas e sabores

Me deletei só a olhar

Seria homem corajoso aquele te visse

E soubesse a ti negar.


Sob o cair das flores

Naquela velha esquina que vivi a te desejar

Eu vi em um toque

As sementes dali brotar.


O que era a seca, as noites sombria

Diante da repulsa em que eu vivia

O que era um não comparado

Ao tocar meus dedos em tua mão.


Transpassava em mim não mais te negar

Nem te querer ou te repulsar

Os teus toques cruzaram a linha dos meus

E mais uma vez eu pedia, me livra Deus.


Mas já não havia saída,

Tua era ladras da noite, das cores,

Aquela ladra de vida sem temores

Roubou de mim dez mil noite de amores.

 
 
 

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