Epifania
- CADRINE
- 3 de jul. de 2019
- 1 min de leitura
Por que infame Deus?
Tu tiras de mim a epifania,
Essa incapacidade de dizer quando eu quero que sejais ditos.
Insume e nojento esta tua fama,
De quem morde e tira nossos brinquedos
Cá estou esperando a tua mania
De exercer todo o poder e tirania
Nem os melhores discos trazem
Aquelas lembranças, os meus escritos
Sinto na calada da noite
Os ter achando e quando amanhasse
Já os sinto ter perdido
Oportuno, ladrão que me rouba
Basta encostar-me na cama
Toda dor e as palavras vem para mim
É o tormento de ter que grafá-las e não saber como
Não sei se é medo ou se é
Preguiça, talvez seja culpa minha
Essa inconstância de incoragem e injustiças,
De fugir de meus próprios pensamentos
Até que eu definitivamente perceba
Não é tu que me assola, sou eu
O culpado infame de acobertar sentimentos.
Ôh não, és tu de novo
Tentando me culpar de coisas tuas
Eu sei que não domino meus olhos quando fechados
Seria isso certo ou errado?
Conte-me deus das coisas, do sobrenatural
Aquele todo poderoso sobre os miseráveis humanos,
Porque me tomar todas as madrugadas
A pensar sempre nos meus delírios mais profundos,
Mesmo sabendo ao que me resta ser nesse vasto mundo.
Diga-me se é verdadeiramente capaz
De morde parte de ti, de teus filhos
E após isso arrancar essa carne
Que me consome e me molda.
Fale por mim, porque enfim
Já não resta mais dúvidas
Do meu eterno fim, eu só peço
Que me revele a verdade sob os
Meus escritos, se são esse meu eu
Tao insumo, hediondo, que só
Me levaram a ti,
Ao mais profundo dos mundos
O fiel veio à tona bem no fundo
Como um animal moribundo.
Comments