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Fora de si

  • Foto do escritor: CADRINE
    CADRINE
  • 18 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura



Estar fora de si te permite perspectivas novas, não estou tentando romantizar o sofrimento, a junção desse substantivo com o verbo sofrer é de uma incoerência nunca jamais que poderia ser enfatizada. Quando naveguei por tempestades turbulentas eu pude imaginar do que era um pouco a sobrevivência de um marinheiro.


Estar fora do controle te propicia perceber quais pessoas a sua volta cultivam o seu bem estar de modo simples e genuíno, foram dias difíceis, mas hoje não me parece mais impossível. Foi intrigante e intragável, ao final de tudo não deixei que minhas cicatrizes ferissem alguém, posso até ter me ferido mais que o necessário, mas não depositei em ninguém minhas expectativas para com o momento.


Estar fora da linha te permite encontrar partes de vocês que talvez sejam negadas a todo momento, é sobre aceitar os seus próprios defeitos, seus monstros e suas fraquezas. É sobre autoconhecimento, limites e novas visões de mundo, pode até que seja um momento de fragilidade inigualável, mas anda que não passe, que não pontual e efêmero.


Estar à beira da extremidade te consente medo para que tu percebas a finitude das coisas mudanças, te faz beirar a louca e o anseio pela sanidade. E tá tudo bem passar por isso mais de uma vez, é o que nos faz lembrar que ainda somos humanos o bastante para sentir dor, a dor é um bom lembrete para a fragilidade da vida. O medo e a dor me fizeram lembrar de tempos ruins e de como sobrevivi a eles, talvez eu não seja mais capaz de rever a situação do mesmo modo que fiz antes, mas isso não quer dizer que não um novo modo de sair dessa.

 
 
 

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