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Havia Clarice em mim...

  • Foto do escritor: CADRINE
    CADRINE
  • 7 de jan. de 2020
  • 1 min de leitura

Minha trajetória com Clarice destinou-me para ser quem sou mesmo quando não sabia o que queria ser.



Havia Clarice em mim, medo, suspiros, bem querer, temer em abrir os olhos. Trem nenhum me levaria para caminhos perdidos ou achados, a confusão estava em mim, os olhos abertos uma vez já mais se fecham diante de todo desamor. E raros foram e serão os momentos de encontro com a verdade pura de si, seja mais sei lá o quê que você, Clarice, tanto tem medo de ser.

Escrevi cartas para te dizer coisas que não suportei falar, mas sei daqui suas portas se fechando, o peso veio sobre mim, janelas cobertas com cortinas e todos os nãos já ditos de uma só vez.

Clarice, ouça alguém como você, ouça a si mesmo, veja o quanto angustiante tem sido fugir, mantenha os pés no chão. E nada mais fluía entre eu e um você inventado, mal feito, concretizável, intangível e nefasto, falso....


 
 
 

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