O Medo do Medo.
- CADRINE
- 31 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
É importante não comer as emoções, se tá ansiosa come, se tá emotiva come, não que comer ser um problema. É um problema comer por ansiedade, o problema é em não comer por ansiedade é não resolver o fruto da sua ansiedade, não saber o que tá te deixando ansiosa. E buscar resolver o fruto da sua ansiedade é ser adulto.
Estar conectada é alvo de um questionamento pessoal muito intrínseco, horas acho que isso só serve de alimento para meu ego e para massagear a solidão que busquei exercer ao longo dos anos; em outro momento percebo que essa tal conectividade possibilita que eu me reconecte com sensibilidades únicas minhas. Busquei utilizar disso para aprender mais comigo mesma, a algum tempo tenho acompanhado o Podcast Afetos e todos os tópicos ali me sensibilizaram, ainda bem, pois indica que sou humana e palpável ao ponto se sentir-me sensível. Eis que cheguei até essa referência sobre ansiedade, eu sei que é um tópico delicado para basicamente todo jovem de meia idade ou adolescente remanescente dos anos 90.
Tais palavras são capazes de resumir minha relação interpessoal no mundo e minha relação intrapessoal comigo mesma. É como se eu pudesse engolir as emoções afim de torna-las superáveis e ao mesmo tempo insuperáveis, como para que eu não tenha que pensar ou lidar com aquilo, ou como para passar por cima como se eu de fato já tivesse resolvido tal coisa.
Eu não posso simples escolher fazer algo para estancar a ansiedade, pois assim como o sangue ela vai continuar lá jorrando por dentro de mim e pior, pode ser até que coagule e me faça sofrer com bolhas mais a frente. Em nenhumas dessas hipóteses evitar o problema que nos consome é a solução mais inteligente. Sim, a gente tem que encarar porque ser adulto é isso, é você encarar suas problemáticas, é resolver as pendências físicas e emocionais.
Essas palavras me marcaram de tal modo que não sei mais como prosseguir sem ressaltar o valor delas, eu me encontro nelas, eu consigo enxergar várias situações em que busquei na comida um aconchego que não era nem mesmo existente, só por puro medo, por pura ansiedade. “É o medo do medo (A Cozinheira de Castamar. Munez, F. 2020).”.
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