sobre ontem

Não adianta me procurar assim, essa dor aqui não vai passar tão rápido ou da maneira que eu gostaria, muito menos do jeito que você quer. As coisas simplesmente não funcionam do nosso jeito, nem as boas e nem as ruins, elas vêm e acontecem, e de um jeito ou de outro apanhamos por isso, temos de suportar o fato de que situações ruins existem e “nós dois” precisa de um espaço. Nem que seja um espaço bobo pra respirar e dizer depois “eu senti sua falta”, ou um espaço pra pensar se o que somos é a nossa melhor versão, se nesse meio do caminho não fomos ficando preguiçosos e esguios. E diante de tudo isso, me sinto impotente. Por não saber se isso é uma fase ou um fim, por não ver as mudanças que eu queria lá no começo acontecendo hoje, nesse agora. Por pensar remotamente em um mundo único que um de nós não existe um para o outro! Não existe uma forma mágica para cada pessoa lidar com a dor, e essa é a fórmula, daquelas que se isola, cortando relações com pessoas que não tem nada a ver, apenas para conseguir atingir um modo de silenciar tudo e escutar o que a minha mente e o meu coração estão tentando me dizer. De vez em quando é preciso deixar que esses dois se resolvam sabe, eles que lutem, para pôr tudo no lugar certo, para que eu possa voltar para minha realidade de certa forma transformada ou consciente, quase que como um corpo que saiu de sua alma em uma transição e volta para o lugar correto, para o seu lar.