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A LITERATURA QUE HUMANIZA O HOMEM

  • Foto do escritor: CADRINE
    CADRINE
  • 22 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura


Na obra “ Vários escritos” do autor Antônio Cândido podemos concluir perante a leitura que o direito a educação, precisamente, o acesso a literatura, aos estudo é pautado como um dos direitos básicos que o ser humano tem conforme a constituição, assegurando de moradia, saúde, alimentação, etc... todavia o acesso e disponibilidade não ocorre de tal forma, há uma disfunção, o autor aponta que aquilo que é indispensável para nós também é indispensável para o próximo, nos mostrando que além do básico que precisamos para a sobrevivência carnal, ainda há de pensar na sobrevivência da alma, garantindo a integridade espiritual. Isto se dá por meio da arte e da literatura, capazes de elevar, expressar e lidar com os sentimentos de todo e qualquer homem, sendo necessários para a vida humana.

Mário Sergio Cortella também nos denuncia a importância da literatura ao falar dela não somente como um anseio preciso e natural advindo do homem, que o reporta a outros mundos e lugares, caracterizando isto como a multiplicidade da vida que estamos sujeitos ao viver 24 horas por dia submersos em literatura.

Há atrás da literatura um mergulho em culturas e tempos contemporâneos, mas também existe uma interação com o cotidiano atual, com tudo aquilo que acontece e tangencia o mundo ao nosso redor. O papel dela como arte, é nos aproximar da história, assim como refletir, meditar, fantasiar e a abstrair a emoção. Cortella faz uma colocação de que a literatura é um fenômeno relativo, capaz de nos transportar a outros tempos e espaços, mas que ainda assim tem a seriedade de tratar de assuntos precisos, importantes e valorosos, não se engane pensando que tal seriedade é capaz de retirar a beleza da fantasia, não mesmo, visto que a literatura veio para nos fazer refletir sobre o que acontece ao nosso redor.

Um exemplo de o quão os indivíduos precisam da arte literária em suas vidas foi Clarice Lispector, que sempre deixou claro em seus escritos que quando não escrevia se sentia morta, em cada um de nós é assim que se expressa a literatura, sem elas estaríamos apenas vagando, cheios de um querer e uma vontade, perdidos entre a antiga literatura clássica em que os padres e a igreja impunham o que era a literatura e sem a certeza de que cada indivíduo tem um pouco dela em si.

Todavia, a literatura sempre foi um aparte belíssimo para as classes favorecidas, em que os ricos possuíam acesso à educação, a formação, quando queriam tornavam-se grandes escritores e pintores, mas já os pobres sempre estiveram a margem de uma cultura dividida em erudita e popular, como se apenas alguns fossem humanos o bastante para terem o direito básico ao conhecimento na palma da mão. Em diversas obras citadas no texto, os próprios autores fazem esta denúncia do reflexo que é a literatura, mesmo que esta seja reconhecida como algo que todos os homens não importando a classe social necessitam veementemente para uma sociedade justa pressuposta de respeito dos direitos humanos e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável, conforme foi dito por Cândido (1988).

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